30 de novembro de 2024
Editorial

Editorial Fevereiro – Entre Nós

“As relações sociais podem facultar ao homem ocasiões de fazer o bem e de cumprir a lei do
progresso.”  O Livro dos Espíritos, questão 772, comentário de Allan Kardec (adaptado).

Allan Kardec dedicou um dos capítulos da Parte Terceira de O Livro dos Espíritos às relações
sociais. É o Capítulo VI, Da Lei de Sociedade. Nele, aprendemos que a vida em sociedade, o
convívio com as demais pessoas, portanto, não é simplesmente algo que buscamos de modo
aleatório ou por alguma tendência pessoal, mas obedece às nossas necessidades de progresso.
Como somos todos diferentes, a convivência nos possibilita o contato com várias visões de
mundo, várias experiências e personalidades e com isso podemos aprender uns com os outros.

Mas se a convivência com pessoas tão diversas nos traz essas vantagens de aprendizado e de
fazer o bem, por isso mesmo ela está recheada de desafios. Como a grande maioria de nós
somos Espíritos imperfeitos é muitas vezes difícil lidar com os diferentes modos de ser,
atitudes e opiniões dos outros quando diferentes dos nossos, o que gera atritos, afastamentos,
se não malquerenças.

Justamente por isso, se prestarmos atenção, veremos que a Doutrina Espírita é uma doutrina
de relacionamentos. Ela nos mostra que o bem que a convivência proporciona passa também
pela educação de nossos sentimentos, quando nos dispomos a reconhecer nossos irmãos e
irmãs de caminhada como falhos como nós, e procuramos lhes estender entendimento,
indulgência e perdão, coisas de que todos necessitamos. Sem dúvida, isso não exclui a firmeza
para que se corrijam equívocos, mas sempre visando o bem do outro, como gostaríamos que
fizessem conosco.

Somos, então, chamados a praticar a convivência, que é arte a ao mesmo tempo desafio, em
todos os ambientes em que nos situamos – família, trabalho, e na própria Casa espírita. Nesta,
em especial, somos convidados a atuar em equipe, como elementos desta grande obra que
procura esclarecer e amparar todos os que a buscam. Para tal, não devemos perder de vista
nosso papel de colaboradores no engrandecimento do trabalho que realizamos, como também
o papel de sermos aqueles que estão abertos ao diálogo e ao entendimento, para que esta
dádiva – o trabalho no Bem – gere frutos para nosso crescimento pessoal.

A Diretoria