27 de setembro de 2024
Editorial

Editorial Março/2024

Mulheres e Espiritismo

O mês de março é considerado um mês de reflexão sobre a igualdade de direitos entre homens e mulheres. A Doutrina Espírita já apontava, no século XIX, a necessidade dessa igualdade. Em resposta à pergunta de Kardec sobre o assunto, os Espíritos respondem que “a lei humana, para ser justa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher. Qualquer privilégio concedido a um ou a outro é contrário à justiça. A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização.” (Livro dos Espíritos, pergunta 822 -a).

A despeito da história de desigualdades e dificuldades encontradas pelas mulheres, muitas delas inspiraram e continuam a inspirar os caminhos de outras mulheres com exemplos de força, coragem e determinação, nas mais diferentes áreas de atuação. Mulheres que lutam por um mundo melhor e contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

No movimento espírita não foi diferente. Destacamos aqui grandes mulheres que contribuíram com a codificação e divulgação da doutrina espírita:

Katherine Fox, Leah Fox e Margareth Fox – conhecidas como as irmãs Fox, foram médiuns no Estados Unidos,

Amelie Boudet – professora, artista plástica francesa, foi esposa de Allan Kardec e grande colaboradora de seu trabalho. Deu continuidade, após o desencarne do codificador, à tarefa de divulgação da doutrina espírita na França e no mundo, fundando a “Sociedade Anônima do Espiritismo”, que mais tarde foi denominada “Sociedade para a Continuação das Obras Espíritas de Allan Kardec”, trabalhando incansavelmente até seus 87 anos de idade.

Sra Plainemaison – Pioneira na organização de reuniões mediúnicas que aconteciam em sua casa e onde Kardec teve os primeiros contatos com as manifestações, passando a estudá-las.

Caroline e Pélage Baudin – Jovens médiuns que contribuíram muito com os estudos de Kardec e a codificação da doutrina. Kardec frequentava reuniões semanais na casa da família Baudin entre 1855 e 1857.

Amélia Rodrigues – Educadora e escritora espírita baiana. Continuou seu trabalho no plano espiritual, ditando livros de crônicas e poesias ao médium Divaldo Franco. Carinhosamente conhecida como a Poetisa da Boa Nova.

Anália Franco – professora primária e abolicionista, recolhia crianças enjeitadas nas fazendas por ocasião da lei do ventre livre e as educava. Teve uma vasta atuação no campo da educação. Difundiu e ampliou o movimento espírita no Rio de Janeiro e São Paulo, no final do século XIX e início do século XX.

Yvonne Pereira – Médium espírita brasileira, dedicou sua vida à literatura e trabalho de socorro espiritual através da mediunidade.

Que possamos nos inspirar nos exemplos dessas mulheres e fazer a nossa parte para que nosso planeta seja cada vez mais acolhedor e respeitoso com todas os espíritos que aqui encarnam, contribuindo para que galguemos as escadas do progresso e cheguemos, um dia, à condição de planeta de regeneração.

A Diretoria