27 de setembro de 2024
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Editorial Novembro – Medo do Desconhecido

Medo do Desconhecido

Em todas as épocas, aquilo que é desconhecido sempre provocou medo ou apreensão. A falta de conhecimento das leis da Natureza, por exemplo, levava a interpretações equivocadas de diversos fenômenos. Na China da Antiguidade, as pessoas pensavam que durante um eclipse solar um dragão havia comido parte do Sol e saíam às ruas para gritar, para que o dragão o devolvesse…o que sempre funcionava. Mesmo na atualidade os chineses veem um eclipse como sinal de azar. Em 2008, quando um eclipse total do Sol pôde ser observado na China, foi preciso que astrólogos entrassem em ação e tranquilizassem as pessoas para garantir que o fenômeno não traria mau agouro para a Olimpíada de Pequim, que seria aberta na semana seguinte.

O mesmo sempre se deu com a morte. O que se dá com aquele que morre? Vai-se para sempre? Permanece em algum lugar? A incerteza provocada pelo desconhecimento e a dor da separação, aparentemente eterna, revestiram a morte de tons lúgubres e pesados. Mesmo após os ensinamentos de Jesus que falavam do Reino dos Céus e da sobrevivência da alma, exemplificada na sua própria ressurreição, ainda assim pairavam dúvidas. Tanto é assim que as diversas religiões cristãs divergem sobre se há e o que acontece “depois” .

A Doutrina Espírita veio a seu tempo dissipar estas dúvidas. Com a demonstração de nossa natureza espiritual não há mais lugar para incertezas. Aprendemos que somos seres morais que passamos por inúmeras existências, solidárias entre si, e que temos como objetivo a felicidade, que depende de nosso trabalho. Nesta caminhada não há separações eternas. Aqueles que estão ligados por laços de simpatia e afeto sempre voltam a se encontrar, seja no mundo espiritual, seja ao longo das encarnações.

Sem dúvida nosso conhecimento não nos torna insensíveis e nos entristecemos quando alguém próximo a nós parte. Mas temos a certeza do reencontro, que se dará quando chegar nosso momento de retornar também.

Que tenhamos a felicidade de ao final da jornada poder perceber que saímos melhores que entramos.

A Diretoria